“Quem tem prazer na prática do pecado não terá prazer em Deus. Pois Ele é Santo. Não terá prazer no céu, porque o céu é santo.” — Rev. Hernandes Dias Lopes
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor(Hebreus 12:14).
Vivemos em uma geração que normalizou o pecado e o transformou em entretenimento, algo comum que por mais abusado que seja nada gera. Muitas pessoas desejam o céu como um “seguro ou escape contra incêndio”, uma forma de escapar do inferno, mas poucas param para refletir sobre o que o céu realmente é. O Rev. Hernandes Dias Lopes, com esta frase, toca no cerne da verdadeira conversão: a mudança dos nossos afetos. Pois o coração que se deleita no pecado não encontra prazer em Deus.
Não se trata apenas de mudar de comportamento externamente, mas de uma transformação no que o nosso coração ama.
A frase destaca uma impossibilidade lógica e espiritual. Não podemos amar a escuridão e a luz simultaneamente. Se o pecado que é a rebelião contra a vontade de Deus, e é nele onde encontramos nosso deleite, conforto e alegria, então a presença de Deus será, para nós, desconfortável e até repulsiva. A Bíblia é clara: existe uma incompatibilidade radical entre o amor ao pecado e o amor a Deus. Jesus destruiu a ilusão da neutralidade no Sermão do Monte.
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro…” — Mateus 6:24
Tiago é ainda mais incisivo ao nos lembrar que o flerte com o pecado é uma declaração de guerra contra Deus:
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” — Tiago 4:4
Se o pecado é o prato que satisfaz a sua alma, você não tem apetite para Deus. Onde está o seu tesouro, aí estará o seu coração como disse Salomão.
Deus não é apenas amor. Ele é Santo, Santo, Santo. A Sua essência é pureza absoluta. Ter prazer em Deus significa ter prazer naquilo que Ele é. Se amamos a mentira, a prostituição, avareza, a impureza ou o orgulho, estamos em guerra contra a natureza de Deus. Como poderíamos ter comunhão com Alguém cuja própria existência condena o que amamos fazer?
Como diz o Salmista: “Vós que amais ao Senhor, detestai o mal” (Salmos 97:10).
O problema não é apenas “cometer pecados”, pois todos somos falhos, mas ter prazer neles, justificá-los, defendê-los e permanecer neles sem arrependimento. O Espírito Santo nos chama a uma vida de transformação, onde nosso prazer maior deixa de ser o mundo e passa a ser o próprio Deus.
O pastor Hernandes nos lembra que o céu é a morada da santidade. Se você acha os cultos entediantes hoje, Se você não ora e acha a oração um fardo, Se a pureza lhe parece restritiva e chata, então o céu será um tormento para você. O céu é a adoração perpétua e a comunhão perfeita com a Santidade, nele não há espaço para quem ama o pecado.
Pergunte a si mesmo hoje:
• O que me dá mais prazer: um momento de pecado ou um momento na presença de Deus?
• Quando peco, sinto tristeza profunda (o Espírito Santo me convencendo) ou sinto apenas medo da consequência?
A boa notícia é que, através de Jesus Cristo, não recebemos apenas o perdão, mas uma nova natureza. Ele nos dá um novo coração capaz de amar o que Deus ama e odiar o que Deus odeia.
Peça a Deus que transforme seus desejos, não apenas suas atitudes. Afaste-se conscientemente daquilo que rouba a tua sensibilidade espiritual e busque prazer na Palavra, na oração e na comunhão com Deus.
⁹ Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades.
¹⁰ Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
¹¹ Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
¹² Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.
Salmos 51:9-12



